#1 Dólar cai 0,2% com cena externa, mas mercado mantém olho no BC Qui Out 04, 2012 5:54 pm
Solkis
SÃO PAULO, 4 Out (Reuters) - A melhora no cenário externo levou o dólar a fechar em queda frente ao real nesta quinta-feira. O movimento foi um pouco mais acentuado no final do pregão, mas não o suficiente para romper a barreira dos 2 reais imposta pelas autoridades brasileiras.
O dólar fechou o dia com baixa de 0,20 por cento, a 2,0190 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda chegou a cair cerca de 0,30 por cento.
"Já existe pressão de queda há algum tempo e, agora, o mercado deu uma forçadinha mais no final do pregão", afirmou o diretor de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.
Ele acrescentou, no entanto, que o mercado continua ciente de que o governo, junto com o Banco Central, não vai deixar a moeda cair abaixo de 2 reais tão cedo.
O dia foi recheado de boas notícias no fronte externo, que acabaram animando os investidores a migrarem para ativos considerados de maior risco. Na Europa, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou que já está tudo pronto para a autoridade monetária comprar títulos de países em dificuldade na zona do euro, como a Espanha.
O bom humor levou o euro a registrar a maior alta em duas semanas frente ao dólar. No final desta tarde, a moeda norte-americana caía 0,8 por cento frente a uma cesta de divisas.
Os bons ventos vieram também dos Estados Unidos, onde o número de novos pedidos de auxílio-desemprego subiu apenas marginalmente, indicando uma ligeira tendência de melhora no mercado de trabalho local.
Além disso, o Federal Reserve, banco central norte-americano, reforçou a necessidade de mais estímulos monetários anunciados recentemente para garantir a retomada da atividade.
Mesmo diante da possibilidade da entrada de mais recursos no país, avaliou Battistel, a tendência é de que o dólar continue preso ao patamar de 2 reais por mais tempo.
"Se o dólar cair, sabemos que o BC vai atuar", afirmou ele.
Em meados de setembro, quando o dólar ameaçou cair abaixo de 2 reais diante de uma melhora do cenário internacional, o BC atuou com força e puxou a moeda acima desse nível. O governo brasileiro também ameaçou ser mais agressivo para combater a valorização do real.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, expressou no final de setembro que o Brasil não permitirá uma valorização excessiva do real e que o governo poderá usar impostos de capital de curto prazo se necessário.
Pesquisa da Reuters publicada nesta quinta-feira mostrou que economistas prevêm um dólar estável e em torno de 2 reais nos próximos seis meses, pelo menos.
(Por Patrícia Duarte)
O dólar fechou o dia com baixa de 0,20 por cento, a 2,0190 reais na venda. Na mínima do dia, a moeda chegou a cair cerca de 0,30 por cento.
"Já existe pressão de queda há algum tempo e, agora, o mercado deu uma forçadinha mais no final do pregão", afirmou o diretor de câmbio da corretora Fair, Mario Battistel.
Ele acrescentou, no entanto, que o mercado continua ciente de que o governo, junto com o Banco Central, não vai deixar a moeda cair abaixo de 2 reais tão cedo.
O dia foi recheado de boas notícias no fronte externo, que acabaram animando os investidores a migrarem para ativos considerados de maior risco. Na Europa, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmou que já está tudo pronto para a autoridade monetária comprar títulos de países em dificuldade na zona do euro, como a Espanha.
O bom humor levou o euro a registrar a maior alta em duas semanas frente ao dólar. No final desta tarde, a moeda norte-americana caía 0,8 por cento frente a uma cesta de divisas.
Os bons ventos vieram também dos Estados Unidos, onde o número de novos pedidos de auxílio-desemprego subiu apenas marginalmente, indicando uma ligeira tendência de melhora no mercado de trabalho local.
Além disso, o Federal Reserve, banco central norte-americano, reforçou a necessidade de mais estímulos monetários anunciados recentemente para garantir a retomada da atividade.
Mesmo diante da possibilidade da entrada de mais recursos no país, avaliou Battistel, a tendência é de que o dólar continue preso ao patamar de 2 reais por mais tempo.
"Se o dólar cair, sabemos que o BC vai atuar", afirmou ele.
Em meados de setembro, quando o dólar ameaçou cair abaixo de 2 reais diante de uma melhora do cenário internacional, o BC atuou com força e puxou a moeda acima desse nível. O governo brasileiro também ameaçou ser mais agressivo para combater a valorização do real.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, expressou no final de setembro que o Brasil não permitirá uma valorização excessiva do real e que o governo poderá usar impostos de capital de curto prazo se necessário.
Pesquisa da Reuters publicada nesta quinta-feira mostrou que economistas prevêm um dólar estável e em torno de 2 reais nos próximos seis meses, pelo menos.
(Por Patrícia Duarte)