#1 BC da Espanha critica orçamento do governo como "muito otimista" Qui Out 04, 2012 1:39 pm
Solkis
Por Carlos Ruano e Nigel Davies
MADRI, 4 Out (Reuters) - - O
presidente do banco central da Espanha criticou o orçamento proposto
pelo governo para 2013 nesta quinta-feira dizendo que foi baseado em
previsões muito otimistas de crescimento econômico e receita tributária.
Falando
a um comitê de orçamento do Parlamento, o recém-nomeado presidente do
Banco Central, Luis María Linde, ofereceu uma mensagem contundente, no
momento em que o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, avalia quando
procurar um resgate internacional.
"Esta perspectiva... é
certamente otimista em comparação com a perspectiva compartilhada pela
maioria das organizações internacionais e analistas", disse ele.
Linde
afirmou que o governo, que já subiu impostos e cortou dezenas de
bilhões de euros em custos, deve considerar medidas adicionais este ano
para cumprir a meta de déficit do próximo ano de 4,5 por cento do
Produto Interno Bruto, definida com a União Europeia.
As
expectativas de que Rajoy vai pedir um pacote de resgate da zona do euro
antes do final do ano reduziram os custos de empréstimo da Espanha em
um leilão do Tesouro nesta quinta-feira de 4 bilhões de euros em títulos
do governo.
Mas a pressão do mercado pode voltar se Rajoy demorar
a pedir um resgate ou for contido pela relutância alemã em dar mais
assistência para a Espanha.
O Banco Central Europeu se comprometeu
a apoiar a Espanha através da compra de sua dívida de curto prazo no
mercado aberto, mas apenas quando Madri aceitar as condições associadas à
ajuda europeia.
"Os mercados estão dando à Espanha o benefício da
dúvida em antecipação a um resgate. Investidores estrangeiros precisam
ver algum tipo de proteção condicional em andamento antes de pensarem
seriamente sobre a compra de dívida espanhola novamente", disse Sassan
Ghahramani, chefe da consultoria de fundos de hedge baseada em Nova York
SGH Macro.
A zona do euro está considerando ajudar a Espanha
fornecendo garantia aos investidores que comprarem títulos do governo,
em um movimento destinado a manter o acesso espanhol aos mercados de
capitais, moldando um resgate diferente dos de Grécia, Irlanda e
Portugal.
O esquema de garantia de bônus, que está sob
consideração e não foi decidido ainda, iria alcançar dois objetivos
importantes. A Espanha seria resgatada sem esgotar o fundo de resgate da
Europa e não haveria contágio para a Itália.
O presidente do BCE,
Mario Draghi, elogiou a consolidação fiscal da Espanha e as reformas
econômicas, mas reiterou que os países teriam de fazer um pedido formal e
aceitar condições severas para se beneficiar do programa do banco de
compra de bônus.
ALERTAS
Um resgate parece cada vez mais ser a saída, já que a recessão prolongada complica os esforços para cortar gastos do governo.
Dezenas
de milhares de manifestantes se reuniram perto do Parlamento, em Madri,
em três noites na semana passada, protestando contra as medidas de
austeridade e exigindo mudanças no governo.
A ira com os planos de
resgate para os bancos aumentou, com um em cada quatro trabalhadores
desempregados. A contração da economia consumiu as receitas tributárias e
também elevou os custos de auxílio-desemprego.
Grande parte das economias do agressivo corte de custos foi para o serviço da dívida, devido aos custos de empréstimos elevados.
Linde
disse que a maioria das previsões independentes apontam para uma
contração de 1,5 por cento na Espanha no próximo ano, em vez da queda de
0,5 por cento com a qual o governo baseia seus cálculos.
Rajoy
enviou um duro orçamento ao Parlamento no sábado, com 13 bilhões de
euros em economias a partir de cortes de gastos e aumentos tributários.
MADRI, 4 Out (Reuters) - - O
presidente do banco central da Espanha criticou o orçamento proposto
pelo governo para 2013 nesta quinta-feira dizendo que foi baseado em
previsões muito otimistas de crescimento econômico e receita tributária.
Falando
a um comitê de orçamento do Parlamento, o recém-nomeado presidente do
Banco Central, Luis María Linde, ofereceu uma mensagem contundente, no
momento em que o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, avalia quando
procurar um resgate internacional.
"Esta perspectiva... é
certamente otimista em comparação com a perspectiva compartilhada pela
maioria das organizações internacionais e analistas", disse ele.
Linde
afirmou que o governo, que já subiu impostos e cortou dezenas de
bilhões de euros em custos, deve considerar medidas adicionais este ano
para cumprir a meta de déficit do próximo ano de 4,5 por cento do
Produto Interno Bruto, definida com a União Europeia.
As
expectativas de que Rajoy vai pedir um pacote de resgate da zona do euro
antes do final do ano reduziram os custos de empréstimo da Espanha em
um leilão do Tesouro nesta quinta-feira de 4 bilhões de euros em títulos
do governo.
Mas a pressão do mercado pode voltar se Rajoy demorar
a pedir um resgate ou for contido pela relutância alemã em dar mais
assistência para a Espanha.
O Banco Central Europeu se comprometeu
a apoiar a Espanha através da compra de sua dívida de curto prazo no
mercado aberto, mas apenas quando Madri aceitar as condições associadas à
ajuda europeia.
"Os mercados estão dando à Espanha o benefício da
dúvida em antecipação a um resgate. Investidores estrangeiros precisam
ver algum tipo de proteção condicional em andamento antes de pensarem
seriamente sobre a compra de dívida espanhola novamente", disse Sassan
Ghahramani, chefe da consultoria de fundos de hedge baseada em Nova York
SGH Macro.
A zona do euro está considerando ajudar a Espanha
fornecendo garantia aos investidores que comprarem títulos do governo,
em um movimento destinado a manter o acesso espanhol aos mercados de
capitais, moldando um resgate diferente dos de Grécia, Irlanda e
Portugal.
O esquema de garantia de bônus, que está sob
consideração e não foi decidido ainda, iria alcançar dois objetivos
importantes. A Espanha seria resgatada sem esgotar o fundo de resgate da
Europa e não haveria contágio para a Itália.
O presidente do BCE,
Mario Draghi, elogiou a consolidação fiscal da Espanha e as reformas
econômicas, mas reiterou que os países teriam de fazer um pedido formal e
aceitar condições severas para se beneficiar do programa do banco de
compra de bônus.
ALERTAS
Um resgate parece cada vez mais ser a saída, já que a recessão prolongada complica os esforços para cortar gastos do governo.
Dezenas
de milhares de manifestantes se reuniram perto do Parlamento, em Madri,
em três noites na semana passada, protestando contra as medidas de
austeridade e exigindo mudanças no governo.
A ira com os planos de
resgate para os bancos aumentou, com um em cada quatro trabalhadores
desempregados. A contração da economia consumiu as receitas tributárias e
também elevou os custos de auxílio-desemprego.
Grande parte das economias do agressivo corte de custos foi para o serviço da dívida, devido aos custos de empréstimos elevados.
Linde
disse que a maioria das previsões independentes apontam para uma
contração de 1,5 por cento na Espanha no próximo ano, em vez da queda de
0,5 por cento com a qual o governo baseia seus cálculos.
Rajoy
enviou um duro orçamento ao Parlamento no sábado, com 13 bilhões de
euros em economias a partir de cortes de gastos e aumentos tributários.