Nada facil - CAP. I e II

Bom, normalmente garotos da minha idade não tem um diário ou um caderno para escrever algo, não sei se é normal, mais eu tenho, é o começo do ano letivo, não sei porquê meus pais insistiram em se mudar pra cá, não me acostumei com o clima e nem com o tamanho da cidade, normalmente pessoas se mudam para lugares melhores, mais na minha opinião, foi uma péssima escolha nos mudarmos pra cá, sempre morei em São Paulo, porque me mudaria de lá? Tenho tudo que preciso lá, mais como diz meu pai, ainda não sou maior de idade pra decidir o que fazer, tenho 15 anos e estou aguardando meus 18 anos, quero ir embora pro Rio de Janeiro, mesmo que eu nunca tenha ido lá.
Estranho você chegar numa cidade onde não conhece ninguém, nem ao menos uma única pessoa, meus pais escolheram o melhor colégio daqui, o COC, é pago, não sei se vou me sair bem, afinal, repeti um ano na escola do estado e não era um bom aluno, mais sempre tive notas boas, sei lá, estamos em Minas Gerais, o clima frio, pessoas falando diferente, será que vai fazer uma diferença na minha vida? Creio que não, não me dei bem com a cidade, nem penso em ficar muito tempo por aqui, meu pai disse que quer nos dar segurança, mais gosto de cidades grandes, e aqui não tem nem uma pista de skate, nem praia, nem nada, sinto que vai ser pior do que pensei, deixei meus amigos, o que deu na minha cabeça? Enfim, estou desfazendo as malas, arrumando meu quarto, nossa casa é grande, creio que me chamarão de play boy, tem quatro quartos, todos com banheiro, lavanderia, cozinha, piscina e o resto das coisas que toda casa pode-se ter.
Não vim com meus irmãos, Marcos, meu irmão mais velho, se mudou a muito tempo, completou 22 anos e foi morar em Salvador com meu tio, e Vivian, minha irmã, perto do seu aniversário de 20 anos, foi embora, quis ir morar no sul, se formar por lá, resumindo, estou como filho único, não conheço nem um pingo daqui, não tenho esperanças pra novos amigos, só quero meus amigos que deixei, Ian, meu melhor amigo, prometeu que me visitaria sempre, e que iria pegar muitas mineirinhas.Não se engane com a aparência do Ian, ele não tem nada de certinho, mais sempre foi uma ótima pessoa, todos meus amigos eram e são assim, e as meninas também, não sei se vou conhecer meninas aqui, não sei nem se terei amigos, e o mais incrível, não sei ir a minha própria escola, não tenho idéia de como chegar lá e nem de como voltar pra casa, já estou com saudade do ar da minha cidade, mais tudo bem.
Esses dias que me mudei, aconteceu um festival em Pirituba, com vários cantores de RAP, bom, eu sou um menino que curte rap, mais também carrego a velha paixão pelo ROCK, espero que não arrumo problemas com gostos pra musica, pelo o que ouvi quando cheguei, aqui eles curtem Zeca Baleiro, não sei muito sobre esse cara, mais suas musicas me deu sono, estou quase acabando de arrumar meu quarto, já montei a cama, e estou prestes a me jogar, tomara que a escola tenha uma cara legal pelo menos, assim vai melhorar a vontade de voltar.

Acordei bem cedo, por volta das 6:00 da manhã, estou me vestindo para ir ao lixo que chamam de escola por aqui, coloquei uma camiseta com um cerebro desenhado, é da marca Vans, não sei se é conhecida por aqui, e uma calça normal, escura, com um tênis vans, espero que não me achem estranho, não quero causar isso, mais não me importo com o que irão achar sobre mim, não conheço ninguém lá mesmo, na minha mochila, que é vermelha da DC Shoes USA, tem dois cadernos, um estojo, acho que isso vai me manter por aqui, ou não, não sei como vou me sair, na verdade, os colégios do estado aqui não tem uma boa opção, na maioria das vezes as salas estão a tarde, e não quero perder meu tempo na escola, dizem que tenho cara de nerd, mais isso não cola comigo, não agora, meu pai já me chama pra descer, e eu penso que hoje seria o meu último dia de vida, meu Deus, acho que estou pronto pra guerra, estranho eu sair todo desarrumado, não tenho um motivo pra estar arrumado, é só escola, e vão ter todos aqueles filhinhos de papai e aquelas patricinhas riquinhas que só pensam no dinheiro que está no banco na conta do pai e que tem uma faculdade garantida no exterior, vai ser pior do que imagino.
Estamos chegando na escola, ou colégio, ou lixo, por mim tanto faz, vejo de longe menininhas felizes com a volta das aulas, enquanto eu me preparo psicologicamente pra enfrentar isso de cara.Disse um tchau pro meu pai, já que não temos assunto, saio logo do carro e entro na escola, com um papel nas mãos procuro a sala que eu estou, é o 9º ano A, me sinto um esquisito caminhando na escola, tentando pensar em como vou achar a sala, em uma escola que tem quase 3 andares, me sinto fudido, e sinto que vai bater o sinal e ainda não encontrei nada, passei perto de umas meninas, ficaram me olhando, e comentaram algo do tipo “ele parece ser novato”, me senti pior, sabendo que era reconhecido pelo nome de “novato” enquanto meu nome verdadeiro seria Jhonny.No papel dizia “Sala 15, aula de história com Profª Susana”, e me perguntava se eles achavam mesmo que eu sabia onde ficava aquela sala.Me apressei, já eram quase 7:00, e o sinal ia tocar, estava chegando nas salas com os números “’10”, “11” e “12”, então avistei de longe a sala “15”, umas meninas se apressavam, provavelmente seriam da minha sala também e alguns meninos, avistei um meio afeminado, percebi que aquela coca seria fanta, mais tudo bem, entrei na sala, não quis chamar muita atenção, todos estavam com uniforme, e com as mochilas bem cheias, me perguntei se eu era o único que estaria sem o material, então continuei avulso, entraram algumas meninas e meninos, umas brincando, zoando, e já me reparavam logo de cara, odiava isso, mais continuei em silencio, deu o sinal, e a tal Susana, entrou na sala, ela disse que já sabia o nome de todos então não faria o tal esforço de perguntar, ainda bem que não me reparou, mais lembram do afeminado? Pois é, o maldito disse:
- Professora, tem um aluno novo!
A mulher logo reparou em mim, ficou me encarando, e eu olhei pra ela e dei um breve sorriso, e então ela perguntou:
- Me desculpa, não tinha o visto, qual o seu nome?
- Jhonny, - respondi.
- E você veio de onde Jhonny?
- Vim de São Paulo, cheguei recentemente.
Ela me deu as boas vindas e logo se sentou na sua mesa, enquanto todos me olhavam, uma menina se dispôs a falar comigo, então chegou perto e disse:
- Oi, prazer, me chamo Alice, e aquelas são Mariana, Yasmin, Allana, Aline e Pamela – disse, apontando suas amigas.
- Oi, prazer, meu nome é Jhonny, e esse sou eu, pois não tenho amigos – disse, tentando uma piada.
A menina riu, e me perguntou:
- Cadê seu material? Não te ensinaram onde pega as apostilas?
- Não, eu mal sabia onde era a sala, mais será que pode me ajudar?
- Claro, vamos lá.
Pedimos permissão a professora, e ela me ensinou onde pegava o material, e sinceramente, que pesado!
- Precisa de ajuda ai? – ela perguntou rindo.
- Não, ta tranqüilo, dá pra levar.
Voltamos para a sala, algo nela me deixou acomodado a todo aquele clima chato, a material inicial seria Deuses Gregos, praticamente uma revisão, já que entraríamos no nazismo logo em seguida.Então Susana perguntou:
- Alguém pode me citar alguns Deuses ?
Levantei a mão, todos me olharam, e ela disse:
- Pode falar Jhonny
- Apollo, Hades, Poseidon, Zeus, Aries, Atena, Afrodite, entre outros.
- Parabéns, pelo visto será bom trabalhar com você.
Todos me aplaudiram, e Susana riu pra mim nas duas aulas, que trabalhamos, pelo menos eu já teria uma amizade, na escola do estado, eu era um ótimo amigo das professoras, sempre queria conversar, por isso minhas notas eram garantidas, em partes.Bom, a próxima aula seria de português, e sabia que teria outra amiga na escola, o nome da professora era Adriana, ela me parecia chata, mais chegou falando normal, me percebeu e fez a mesma coisa que Susana, então começamos outra aula, mais nessa não me banquei o nerd, pois aprendemos outras coisas, não que eu goste de aprender coisas, mais português me deixa empolgado o suficiente para fazer muitas coisas.Eu e Adriana tivemos um papo bom, ela sentou perto de mim, e me perguntou diversas coisas, contei a ela que teria uma estante completa de livros, e que adorava português por cada dia aprender algo novo na matéria, os outros alunos observavam como eu conversava com Adriana, e como ela estava interessada no assunto, então bateu o sinal outra vez.
Me arrumei, e fui descendo as escadas, Alice me gritou:
- Ei Jhonny, me espera, eu e as meninas queremos te explicar sobre a cidade.
Parei na escada, e fiquei olhando Alice, e o modo como ela me gritou, então esperei ela e suas amigas, Alice me apresentou para as meninas, e continuamos descendo, foi quando Mariana perguntou:
- E ai Jhonny, deixou alguma namorada pra trás?
- Não, faz tempo que não tenho um relacionamento, e ainda mais com essa mudança, creio que ficarei alone aqui.
- Bom, podemos apresentar o pessoal todo pra você
- Só cuidado pra não ter amigos ruins - disse Allana se intrometendo.
- Pode deixar, mais tenho curiosidade em conhecer, depois te passo meu numero, como você se chama mesmo?
- Mariana!
Então descemos, o recreio era longo, 30 minutos, comprei um refrigerante e uma pizza, sim, lá vendem pizzas, e conversei com as meninas, fiquei por dentro de tudo, a menina mais quieta era Aline, ela só ria das coisas que falavam.Então susurrei para Mariana:
- Ela é sempre quieta assim?
- Não, mais andou sofrendo pelo tal amor, coisa longa, foi antes de você chegar.
- Entendo, ela me parece legal, devo falar com ela?
- Deve, ela é bem legal, mais é enjoada.
- Tudo bem, estou acostumado.
Todas me olharam indo na direção de Aline, sentei ao lado dela, ela me olhou com uma cara estranha, então disse:
- Por que tanta tristeza no olho verde?
Ela riu e disse:
- Amor complica as coisas, novato ou devo te chamar de Jhonny?
- O termo Jhonny combina mais comigo, mais se quiser me chamar de novato, tudo bem.
- Você é legal, inteligente, qualquer dia seremos bons amigos.
- Obrigado, devo deduzir que você é uma ótima aluna, mais com essa tristeza, não causa essa impressão a todos a seu redor, seremos ótimos amigos.
- Obrigada, mais por que veio falar comigo?
- A única que não falou comigo foi você, achei estranho o tal desinteresse.
- Pois é, alunos novos sempre causam uma revolta, mais isso não faz efeito em mim, vou indo, preciso subir.
Admito que ela é linda, e também admito que reparei na bunda dela, sei que não é certo, mais nossa.As outras meninas me acompanharam pra voltar a sala, logo depois disso, a hora voou, como seria de costume nas manhãs.
Tivemos outras aulas, e não me dei bem com o professor de Matemática, já esperava isso.Mais foi até legal a manhã.Na saída da escola, as meninas me falaram um tchau de longe, meu pai chegou, e me levou embora pra casa, e não comentei, mais teria passado meu número do celular a Mariana, e logo que cheguei, ela me mandou uma mensagem: “Me encontra na escola as 17h, é mais calmo pra te mostrar tudo e te apresentar as pessoas.Então esperei a tarde toda em casa, jogando vídeo game.

Fui me encontrar com Mariana, por volta das 17h10m ela apareceu rindo, e eu dei um sorriso, Mariana era uma menina meia perturbada, bebia e fumava as vezes, era o que sabia sobre ela, Alice teria me contado.Ao longo da nossa caminhada Mariana me mostrou os lugares de turismo, e me contou sobre ela, e me fez falar sobre mim também, ela contou detalhes, e comentou que queria me ter como melhor amigo, me assustei com tal comentário, mais percebi que queria ela por perto, me levou a um lugar, chamado triangulo, onde as pessoas populares ficam, e então meninos me olharam com cara feia, Mariana me contou que um deles seria seu ex namorado, o tal de André Santos, que ficou me encarando, e seu bando de amigos, percebi que dançavam free step, e logo pensei que beijavam rapazes também, não estou julgando, mais não se pode esperar muitos de meninos que dançam isso, prossegui andando, tirando conclusões, uma menina gritou Mariana, me parecia bonita, olhos verdes, meia loira, e sua amiga, morena dos olhos pretos, me pareciam bem doidinhas também, então uma delas me olhou e disse:
- Oi, já soube que você é novo, prazer Mariah, e essa é a Bruna.
- Oi, prazer, Jhonny, as noticias correm rápido aqui.
- Pois é, todos já sabem que você chegou esses dias por aqui, bom, bem vindo, caso estiver disponível, Mariana já vai me passar seu celular pra sairmos
- Entendo, por isso me olharam com cara de anus, bom, tudo bem, preciso mesmo de guias turísticos, obrigado pela disposição
- De nada, precisamos ir, Bruna é pobre e não mandou o pai dela buscar a gente
Comecei a rir da forma que Mariah disse e então falei:
- Tudo bem, Bruna, tente ficar rica pra mandar seu pai buscar vocês, até depois.
- Mariah é burra, não tem credito pra eu ligar.
Prossegui andando, não poderia alongar mais o assunto, Mariana me olhava, e ria, não sei por que, vi belas meninas, e logo fiquei mais afim daquela cidade, poderia me dar bem naquele meio de meninas, então mais uma amiga de Mariana veio de encontro com nós dois e disse:
- Sua vaca, atende o lixo do celular!
- Ai Eduarda, não tenho culpa, tava no silencioso.
- Então tira da merda do silencioso.
Comecei a rir das duas, e então Mariana disse:
- Esse é o Jhonny, ei Jhonny, cuidado, a Eduarda é facinha, se der mole ela te seduz
- Cala a boca Mariana, vai deixar o menino assustado.
- Oi Eduarda, não fico assustado, não darei mole.
- Vai vendo Jhonny, fica esperto.
- Oi Jhonny, sou a Eduarda lindíssima.
- Eduarda estamos sem tempo pro seu amor próprio, adeus.
Mariana saiu me puxando pelos braços, e então percebi que deveria ir pra casa, já tinha dado minha hora, então me despedi de Marina com um beijo e um abraço, e sai andando, mais eu não tinha noção de onde eu estava, e continuei andando, foi ai que avistei Aline, sentada na calçada, provavelmente seria sua casa ou não, continuei andando, ela me gritou:
- Ei Jhonny, vem cá.
Fui me aproximando, até sentar ao lado dela e então disse:
- Diga Aline.
- Você ta perdido né?
- Como adivinhou?
- Percebi por sua cara quando tava vindo.
- Mariana foi embora, ai lembrei que não sei andar na cidade, então sai sem rumo.
- Deveria usar GPS, mais fica tranqüilo, te levo na sua casa.
- Não seria perigoso Aline?
- Nasci aqui Jhonny, acha mesmo que é perigoso?
- Sim, mais tudo bem, já que insiste.
Não sei o que Aline estaria pensando sobre as minhas conversas com ela, mais ela pegou em minha mão, e começou a rir, então perguntei:
- O que foi?
- Nada, você é divertido, hoje cedo me fez rir.
- Tenho mesmo cara de divertido? Fiz você rir, percebi que teria tido uma noite difícil.
- Tem sim, e eu tive uma noite longa, mais já que estamos aqui, vamos aproveitar.
Olhei no olho de Aline, que me envolveu profundamente, realmente os olhos dela eram verdes, bonitos, e era loira, tinha aparelho, era o tipo de menina que desejei sempre, mais por que me envolveria com uma recém solteirona? Não sei, ela era bonita, e tinha um belo corpo, e parecia ser legal, ela reparou da forma que olhei, então se aproximou e beijou-me profundamente, creio que seria um beijo de cinema, mais não era isso que procurava, tudo bem que Aline tirava meu fôlego, e como tirava, mais precisava sair dali, queria ir embora, então desgrudei de Aline e disse:
- Preciso ir.
- Tudo bem, te levo lá.
Eu e Aline fomos caminhando, abraçados, não sei por que, mais tal momento me comoveu um pouco, eu era novato, no meu primeiro dia já teria ganhado Aline Santos nas minhas mãos, diria que estaria bom em charme ou sei lá, mais fiquei em silencio, quando chegamos em casa, me despedi com um breve abraço, e entrei em casa, Aline seguiu de volta a sua casa, que seria perto da minha.
Entrei em casa, e meu pai perguntou onde estava, e informei que estaria com Aline, comi um lanche, e arrumei meus materiais da escola, me deitei e imaginei a cena que ficaria em minha cabeça, meu beijo com Aline, mais estava preocupado com Alice, que mal me ligou, mais não deveria me importar sobre Alice, eu a mal conhecia, então dormi profundamente.

Mais um dia de aula, estava indo pra aula, então Alice me chamou, e me foi comigo pra escola, percebi que ela também era diferente, mais Alice tinha um tom de inocência com safadeza, que só quem estivesse disposto a se apaixonar por ela saberia quem ela era realmente, então prossegui com meus pensamentos, não me preocupei com ela, não me apaixonaria por Alice, e nem por ninguém, então eu e ela ficamos conversando a aula inteira, até me chamaram a atenção, mais não foi um problema, passei o recreio com ela, até comprei um bombom para Alice, seu nome me despertava curiosidade, seu olhar era diferente.
Enquanto reparava em Alice, Aline me chamou e me disse que tudo que aconteceu na noite passada, teria sido um acaso, não aconteceria mais, não me importei, não me importaria com isso, afinal, teria sido mesmo.
Nosso querido professor de Quimica, passou um trabalho em dupla, decidi que faria com Alice, pois Mariana já teria seu par, o afeminado se ofereceu a ser minha dupla, creio que Alice me salvou dessa, não queria causar uma má impressão tendo ele como parceiro, então eu e Alice passamos a aula planejando tudo, e planejamos irmos pra casa dela depois da aula.Passamos as aulas e o sinal tocou, me juntei a Alice, e fomos andando, todos observaram, não me importei, estava seguro da promessa que teria feito para mim mesmo de não me apaixonar por Alice, não ter a curiosidade que alguns queriam ter.
Chegamos a casa dela, comemos, e começamos a fazer o trabalho, os sorrisos que Alice dava, eram cada vez maiores e mais encantadores, mais percebi que acabaríamos logo o trabalho e eu sairia logo da casa dela e tentaria achar minha casa, bom, na verdade eu não queria ficar muito ali, teria trabalhos pra fazer, e logo seria o carnaval, e meu aniversário seria antes disso, como ficaria sem meus amigos no meu aniversario? 17 de fevereiro ira ser uma data ruim, mais tudo bem pra mim.
Acabamos o trabalho por volta das 14:30, fui pra casa, sim, cheguei em casa, não desejaria ter ido pelo caminho mais fácil, encontrei o tal afeminado, ele se apresentou dizendo um “Oi” com uma voz fina, ele se chamava Guilherme, disse que poderia chama-lo de Gui, cortei o assunto, não queria papo, não tenho preconceito com gays, mais também não quero ter a companhia dele.
As semanas se passaram rápido, meu aniversario foi chato, passei em casa, ninguém sabia que eu faria 16 anos, caramba, 16, já estava com barba e tudo, e pelos púbicos, estranho, até esses tempos eu mal sabia o que era ter barba, mais agora entendo, e é legal.Passei as semanas com Alice, e admito que estaria me apaixonando por ela, não muito mais um pouco pra saber que eu teria que enfrentar coisas. Logo chegou o carnaval e toda sua agitação de sempre.